segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Quando as folhas caem...

Um texto que vi por ai...



Saio do metro, não gosto da confusão que se gera ali na porta sempre que as pessoas apressadas se precipitam para entrar sem deixar sair quem quer sair. Não gosto, mas sorrio. Tem graça ver as pessoas atarantadas, eu próprio fico. Continuo em passo apressado, não estou atrasado, mas quero chegar rápido. Está sol, e a luz realça as cores de Outono no meu caminho. É a minha estação preferida, cheira a mudança. Como é sábia a Natureza, sabe morrer bem, serena e bonita, para dar vida depois… Quase confiante de que o fim não será aquele.

Chego. Uma árvore enorme, de folhas amarelas deixa um tapete aos seus pés, o amarelo no verde da vedação. Hoje está tudo especialmente belo. Sento-me nas escadas a olhar só.

Ainda há tempo. Gosto de ter pedaços de tempo para parar e reparar. Vejo as folhas caírem uma a uma para o lençol amarelo de folhas caídas no chão.”Sorte a delas…”, penso, que no caminho não param para pensar de onde vêm, ou para onde vão. Caem apenas. Suaves e belas.

Penso muitas vezes que gostava só de ver a última imagem do filme da minha vida, só para ter alguma ideia do rumo que as coisas vão tomar. Acredito que vá tudo correr pelo melhor com a certeza de qualquer cristão, acredito que no fim vence o Amor e não é isso que me preocupa. Gostava só de saber que caminho é que a minha vida vai seguir. O que é que vou passar a minha vida a fazer, se me caso ou não, se tenho filhos…Estas coisas que fazem a nossa história e que com a minha idade (21 anos) estão agora completamente em aberto. Tudo o que virá é neste momento um grande ponto de interrogação. O que nem sempre me deixa confortável.

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